Três tendências irão moldar a transformação para a próxima economia – A Economia Digital: Descarbonização, Descentralização e Digitalização, em paralelo a estas tendências, prevê-se que o consumo de energia crescerá em 50% nos próximos 40 anos. Ao mesmo tempo, temos que reduzir à metade as emissões de GEE (gases de efeito estufa) se quisermos manter o aumento da temperatura global abaixo de dois graus e gerenciar a poluição das cidades a um nível aceitável. Então, para fazer isso, temos que aumentar em 3 vezes nossa eficiência e aumentar a geração de energia renovável.

Com mais de 400 milhões de habitantes e crescimento projetado de 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), a América do Sul é uma região em desenvolvimento com grande potencial para crescimento. No entanto, levando em conta o estado do meio ambiente e a urgência em aplicar práticas sustentáveis globalmente, de forma a preservar nosso planeta para as futuras gerações, o progresso econômico da região – se realizado com toda sua força – pode se tornar uma grande ameaça.

No momento, é essencial que as empresas, os governos e a população tenham a sustentabilidade em suas agendas e rotinas. E pensar em sustentabilidade, vai muito além de bem-estar, do plantio de árvores ou da imediata compensação de danos feitos por cada negócio. Especialmente para empresas, a sustentabilidade e suas possibilidade hoje podem – e devem – ser vistas como oportunidades de negócio. E isso passa pela transformação de seus próprios modelos. Pela transformação do negócio em si.

O investimento para desmontar o modelo de negócios em vigor hoje, a fim de desenvolver um mundo melhor – que considera o meio ambiente e o desenvolvimento consciente nas esferas econômicas e sociais – é essencial. É urgente. Dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) já mostraram que a destruição da natureza causa perdas de até US$ 4,5 trilhões. Por outro lado, outros dados das Nações Unidas (ONU) apontam que as empresas que focam em inovação, ao mesmo tempo em que respeitam o meio ambiente, crescem a uma taxa anual de 15%, enquanto seus pares – não-sustentáveis – permanecem estacionados.

Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e suas 169 metas definidas pelo Pacto Global da ONU, atuam como um guia para as empresas entenderem a urgência em desenvolver um negócio sustentável e o impacto que essas ações – ou a ausência delas – pode ter a curto, médio e longo prazos.

2,3 bilhões de pessoas têm acesso precário à energia, e a escassez de água afeta mais de 40% da população. Nesse contexto, é essencial associar a prática do desenvolvimento sustentável com a inserção da base da pirâmide na economia.

E esta diferença tem um impacto econômico mensurável. Uma análise feita pelo Instituto Global McKinsey (MGI, na sigla em inglês) em 95 países, sugere que US$ 28 trilhões seriam adicionados à economia global até 2025 se todos os países alcançassem igualdade econômica entre homens e mulheres.

Com tudo isso, é impossível pensar – e praticar – sustentabilidade sem levar em conta a inclusão social. E, além do papel dos governos, as empresas precisam entender que elas desempenham uma parte importante nessa transformação tão urgente. Eu repito, inconsistência e falta de consciência não são bons negócios. Os números mostram, o meio ambiente e a sociedade reagem.

E finalmente, não há forma de imaginar ou liderar um negócio de sucesso sem considerar qual solução real ele oferece às questões emergentes do mundo atual e qual é o impacto hoje e no futuro. Neste sentido, a pergunta permanece:

O que a sua empresa está fazendo para transformar o desenvolvimento em algo sustentável?

Fonte: Blog da Schneider Electric Brasil